O deputado federal Jorge Solla apresentou requerimento ao Ministério da Educação, comandado por Camilo Santana, sugerindo a criação da Universidade África-Brasil (UFAB), de administração federal, para funcionar Bahia.
Conforme o texto assinado pelo parlamentar, a proposta visa reparar e minimizar a dívida histórica do Brasil com o povo africano, e contribuir para a construção de uma educação antirracista e que promova a igualdade racial no nosso país.
A sugestão é que a sua criação parta da emancipação do Campus dos Malês da Universidade da Integração Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), expandindo assim as ações em parceria com outros países africanos, não somente aqueles que falam português, como prevê o Art.2° do Estatuto da faculdade sediada na cidade de São Francisco do Conde, no Recôncavo Baiano.
Mesmo separados pelo idioma, são países africanos que mantém relações econômicas e culturais com o Brasil, como Camarões, Gana, Guiné-Equatorial, Namíbia, Senegal e Togo. O requerimento foi apresentado nesta quinta-feira (13).
A UFAB funcionaria em um prédio doado pela Prefeitura da cidade onde hoje acontecem as aulas da UNILAB. Além disso, teriam como parte da infraestrutura dois blocos acadêmicos com salas de aula, laboratórios, biblioteca, espaços administrativos e de convivência, e uma fazenda de 42 hectares também cedida pela Prefeitura.
Uma comissão para propor a criação da UFAB foi instaurada a partir de encontros com o Itamaraty na Bahia e com a Divisão de Cooperação em Educação do Ministério das Relações Exteriores, e não só projetou os países parceiros, como se alinhou às normas do Ministério da Educação para internacionalização e diretrizes da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Mais de 120 vagas de emprego serão abertas imediatamente com a criação da UFAB. Estão no planejamento 89 professores ou professoras com Doutorado, de países de diferentes continentes, e outros 42 cargos técnico-administrativos destinados a brasileiros com qualificação na área de educação.
