Em conversa anterior, foi evidenciada a problemática do individualismo de berço, que não é exclusividade da sociedade jacuipense nem é, obviamente, uma característica geral dos universitários, como pode ter sido interpretado, à primeira vista. É justo, dessa vez, que se renda a devida homenagem àqueles e àquelas estudantes de nível superior que há muito tempo procuram fazer a diferença, em Riachão do Jacuípe, seja através de mutirões com vistas ao atendimento pontual à população, em termos de serviços diversos, ou através de seu tempo doado, por meio do trabalho voluntário de longo prazo. Nesse particular, convém apresentar alguns exemplos bem consistentes.
Nesse ano de 2023, o coletivo Ponto de Leitura teve a satisfação de contar com a pronta colaboração de universitários que resolveram, de bom grado, ministrar aulas semanalmente, no Grupo de Estudos para o ENEM que funciona no Colégio Maria Dagmar Miranda TI. São nomes como os dos jovens Victor (estudante de Jornalismo e de Direito), e de Levi (que cursa a faculdade de Física), entre outros. Essas pessoas existem e fazem a diferença, no cenário anteriormente apontado, e não se pode também deixar de ressaltar, como foi mencionado antes, as dificuldades que muitas vezes impedem outros tantos universitários de colaborarem com seu povo.
Mais recentemente, outro universitário, Hickerson Vieira (à direita na foto), foi escolhido novo Coordenador da Câmara Técnica da Juventude, no Território da Bacia do Jacuípe. Hickerson já milita no Partido dos Trabalhadores, há algum tempo, vindo das fileiras da nova Pastoral da Juventude. Então, há esperança no horizonte.
Não podemos desanimar, ao mesmo tempo em que não podemos igualmente deixar de reconhecer e avaliar bem o chão que pisamos, em se tratando de construir uma autêntica cultura de participação, entre a juventude estudantil jacuipense. Trata-se de uma realidade ainda aquém do esperado e trazer este assunto à baila parece um passo importante para que mais e mais universitários conscientes surjam e se inspirem a impulsionar o desenvolvimento local, por meio do engajamento que é, inclusive, uma das competências sociomeocionais mais valorizadas no mundo contemporâneo.
Por José Avelange Oliveira:
