Depois de o prefeito Bruno Reis (União Brasil) culpar o governo do estado pelo mau desempenho de Salvador em estudo nacional de competitividade, o deputado estadual Robinson Almeida, indicado pelo PT para disputar à prefeitura da capital nas eleições de 2024, rebateu declaração do gestor, nesta segunda-feira (28). Ele enfatizou que a cidade se tornou pouco atrativa para investimentos porque se tornou cara com a política municipal de arrecadação de tributos implementada na gestão do ex-prefeito ACM Neto e continuada pelo seu sucessor.
No Ranking de Competitividade dos Municípios, estudo realizado pelo Centro de Liderança Política (CLP), Salvador perdeu 15 posições, aparece em 208º lugar na classificação geral e perdeu espaço de destaque também entre cidades do nordeste, por ser pouco atrativa para investimentos. O levantamento aponta que a Bahia perdeu apenas 7 posições no ranking no comparativo com outros estados.
Na opinião de Robinson, o fato de Salvador não ser atrativa revela que o problema está na condução política e administrativa da cidade.
“Na verdade é o contrário do que o prefeito afirmou. O péssimo desempenho de Salvador, fruto dessa política agressiva de arrecadação de impostos, taxas e multas, puxa o estado pra baixo”, disparou o petista.
Robinson Almeida ressaltou que isso se comprovou na perda de 257 mil habitantes apontado no último levantamento do IBGE, divulgado em junho.
“O prefeito não assume sua incompetência e transfere a culpa para o governo do estado.
Quem não tem política de atração de investimentos é a prefeitura que, com altas taxas e impostos, afugentou investidores. Salvador tá cara e perdeu espaço pra Fortaleza e Recife. Isso se reflete nos altos índices de desemprego na cidade, que viu 257 mil soteropolitanos ter que deixar sua terra para trabalhar em outros municípios porque Salvador se consolidou como a capital nacional do desemprego”, disparou Robinson.