Salvador: Solução para o trem do subúrbio une Roma e João Henrique
Inevitável tema do debate eleitoral do ano que vem, a desativação do trem do subúrbio foi discutida pelo presidente do PL Bahia, João Roma, com o ex-prefeito de Salvador, João Henrique, em reunião na sede do partido. A questão interessa aos dois, que buscam solução para o problema. Roma é pré-candidato a prefeito e João Henrique, a vereador, no ano que vem.
O ex-mandatário da capital baiana já manifestou publicamente o desejo de retornar à Câmara Municipal, onde começou sua trajetória política. Ainda sem partido, ele tem o PL como possibilidade partidária para concorrer ao pleito. “Só depende da vontade dele”, disse Roma, aprovando a possível filiação. “A presença de um ex-prefeito no plenário Cosme de Farias só enriquece o debate no poder legislativo municipal”, justificou.
Os possíveis futuros correligionários concordam que a desativação do tradicional trem do subúrbio pelo governo do estado por uma promessa até hoje não cumprida de um modal mais moderno, no caso o VLT, só rendeu problemas e dificuldades de deslocamento para centenas de milhares de moradores do Subúrbio Ferroviário.
“A barbeiragem do governo do estado de desativar o trem do subúrbio sem colocar nada no lugar está custando caro à população, que antes pagava R$ 0,50 e hoje desembolsa no mínimo R$ 4,90 pelo ônibus para chegar na Calçada, um aumento insuportável para pessoas de baixa renda”, disse Roma.
João Henrique, por sua vez, lembrou que, quando foi prefeito, chegou a colocar em operação trens novos. O Subúrbio Ferroviário foi a região da cidade em que mais investiu à frente da prefeitura. “Tiraram os trens de circulação e desprezaram as inúmeras pessoas que se beneficiavam do baixo custo do transporte para levar suas mercadorias com preços mais acessíveis e vendê-las na Feira de São Joaquim, como inúmeras marisqueiras”.
“A desastrada medida governamental, de total insensibilidade social, dói no bolso e no coração. O trem não era só um meio de transporte. Tinha também um valor simbólico. Era um elemento de identidade, que gerava um sentimento de pertencimento aos moradores do Subúrbio Ferroviário, região marcada pelo trem no próprio nome”, afirmou João Roma.