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Prefeito baiano é visto ao lado de grupo acusado de matar indígena no Sul da Bahia

Após circularem imagens do movimento “Invasão Zero”- grupo suspeito de mobilizar conflito armado que culminou na morte  da indígena Maria de Fátima Muniz de Andrade, conhecida como “Nega Pataxó“- muitos internautas chamaram atenção para a presença do prefeito de Itambé, município localizado na circunvizinhança de onde ocorreu o crime.

O chefe do executivo, que afirma ser apenas um produtor rural, deu explicações para o portal Sudoeste em Foco, onde afirmou que “estava apenas de passagem” com o ex-prefeito Ivan Fernandes, mas não faz parte de nenhum movimento pela luta em defesa da terra. A imagem onde Candinho aparece foi gravada no momento em que a polícia prendia o suposto atirador.

Disputa

O confronto ocorreu no domingo (21), na cidade de Potiguará, no Sul da Bahia, entre indígenas e fazendeiros que tentavam retomar terrenos naquele município, Além de Nega Pataxó, o cacique Naílton e um integrante do movimento Invasão Zero foram atingidos e estão internados.

Equipes da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) prenderam, em flagrante, dois acusados do crime. Com eles a polícia achou armas e drogas. A Polícia Civil segue na região coletando depoimentos, possíveis imagens, entre outros indícios.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou que convocou uma reunião com a SSP para tratar sobre o caso. Além disso, declarou solidariedade à família de Nega Pataxó e toda comunidade.

Já o senador e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), utilizou as suas redes sociais para afirmar que recebeu a notícia “com indignação” e manifestou solidariedade ao povo Pataxó e a toda a comunidade indígena baiana”.

Quem desembarcou em Salvador, nesta segunda-feira (22), foi uma equipe do Ministério dos Povos Indígenas, comandado por Sonia Guajajara, que visitou a região de Potiraguá, para acompanhar de perto o conflito entre ruralistas e o povo indígena Pataxó Hã Hã Hãe.

Em nota, o Ministério diz que acompanha o caso desde que recebeu as primeiras informações e vem dialogando com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a Secretaria de Segurança da Bahia.

Fonte:Bnews

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