Itabuna:Família de vítimas da tragédia do muro da escola que desabou diz que faltou apoio da prefeitura.

Falando pela primeira sobre o episódio que gerou grande comoção em Itabuna, a morte de pai e filho , vítimas da queda de um muro da escola municipal Castelo Branco, no bairro Califórnia, em Itabuna em 2021, ocupou as telas da televisão.
Familiares ocuparam o programa eleitoral do candidato a prefeito de Itabuna Fabrício Pancadinha (SD) para apresentar sua versão dos fatos.
No espaço familiares de Guilherme Aurélio e Fábio Guedes, pai e filho vítimas fatais da queda do muro da escola municipal mostraram indignação.
A tragédia aconteceu quando Guilherme e Fábio passavam pela área externa da escola e parte do muro desabou. O garoto de 12 anos morreu no local, já o pai dele, o pedreiro Fábio, chegou a ser levado para o Hospital de Base de Itabuna, mas não resistiu.
Após quase três anos, familiares quebram o silêncio e cobram justiça por parte do poder público, responsável pelo funcionamento da escola.
Na entrevista eles esclarecem que, ao contrário do que foi postado nas redes sociais, a atual gestão não deu o menor tipo de apoio à família.
Segundo o filho mais velho do casal, Diogo Alencar Leone dos Santos, “o muro já estava comprometido. Isso foi ouvido de funcionários da escola, tanto de pessoas que trabalham próximos ao local”. Essa informação foi comprovada por um relatório enviado pela diretora da escola Marechal Castelo Branco à secretaria de educação.
Muito emocionada, Jamille da Cruz Leone, mãe e viúva, questionou a necessidade de uma tragédia para só assim haver uma demolição do muro e pediu justiça. “Não podia ter feito antes? Se já sabia, se já tinha um registro que aquele muro poderia cair. Negligência da prefeitura mesmo”, disse.
O fato foi amplamente noticiado na época.