A Câmara Municipal de Ilhéus sediou, nesta quinta-feira (07), uma Audiência Pública para debater os impactos da paralisação das obras do Porto Sul e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL). O evento reuniu autoridades, especialistas, sindicatos e grupos sociais para discutir os graves prejuízos socioeconômicos e ambientais causados pela interrupção do projeto.
Entre os pontos mais críticos do debate, esteve a possibilidade de desvio das operações portuárias para o estado do Espírito Santo, medida considerada inaceitável pelos participantes. Além disso, foi destacada a preocupação com os impactos ambientais e as intervenções já realizadas na região, como obras estruturais, desmatamento autorizado e a construção de pontes para viabilizar a chegada da ferrovia ao litoral sul da Bahia.
Representando Uruçuca, uma das cidades mais beneficiadas pelo Porto Sul, estiveram presentes o presidente da Câmara de Uruçuca, Zé Pedro, e o vice-prefeito Alessandro Lebrão, que compareceu em nome da prefeita Magnólia Barreto, impossibilitada de participar do evento.
A audiência também contou com a participação de movimentos sociais contrários ao projeto, como o Movimento Sul da Bahia Viva, que se posiciona contra a implantação do Porto Sul, alegando riscos ambientais à região. O encontro promoveu um amplo debate entre diferentes setores da sociedade, reforçando a necessidade de diálogo e de soluções que garantam tanto o desenvolvimento econômico quanto a preservação ambiental.
As autoridades presentes destacaram a importância de mobilização para garantir a continuidade das obras, evitando que a Bahia perca um dos maiores projetos logísticos do país, essencial para o escoamento da produção nacional e para a geração de oportunidades na região.
