Itabuna: Centro de Zoonoses pede ao MP acesso a ONG que colocou animais em risco, após denúncia do Central de Política.

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A direção do Centro de Controle de Zoonoses de Itabuna, sul da Bahia, formalizou ao Ministério Público Estadual, um pedido de acesso ao galpão de uma ONG que tem colocando animais em situação de risco. A denúncia foi inicialmente divulgada pelo site Central de Política e repercutida pelo jornal Interativa News, da rádio Interativa FM.

A ONG “Vira-Lata é 10”, situada na Rua F, no bairro Nova Itabuna, ocupa um galpão onde anteriormente funcionava o extinto motel Las Vegas. No local, diversos animais são mantidos em condições degradantes, sem acesso a alimentos e água. Muitos dos deles estão doentes, com mutilações e infestação por parasitas como pulgas, que podem transmitir doenças, inclusive para seres humanos. Além disso, um cão morto foi encontrado em frente ao estabelecimento, em avançado estado de putrefação. O acesso ao galpão foi bloqueado pela direção da ONG.

O Centro de Controle de Zoonoses, representado pelo médico veterinário Luiz Eduardo Meira Faria e pela gerente Lorena Priscila Oliveira Andrade, compareceu à Promotoria de Justiça para apresentar as informações e formalizar a denúncia, além de solicitar permissão para acessar o local. Durante o depoimento, foi relatado que diversas denúncias de maus-tratos de animais foram feitas contra Gabriela Cavalcante, responsável pela ONG.

A direção do Centro de Zoonoses ressaltou que a responsável tem dificultado a fiscalização e o atendimento aos animais. Foram realizadas várias tentativas de contato por telefone, mas sem sucesso. Ao visitarem o local pessoalmente, constataram que os animais estavam em situação de risco e que o acesso ao galpão estava bloqueado com um cadeado no portão. Por fim, pediram o respaldo legal para poder adentrar o local e garantir os direitos dos animais, solicitando à Promotoria de Justiça que tomasse as providências legais necessárias.

Diligência no local

Nesta quinta-feira(27), dirigentes do Centro de Zoonoses, com o apoio do Grupamento Ostensivo Ambiental (Gopa) da Guarda Municipal, estiveram no local para fornecer alimentos, medicamentos e suporte veterinário. A responsável pela ONG não apareceu, impossibilitando o acesso aos animais para cuidados adicionais. Por isso, foi solicitado ao Ministério Público autorização para entrar no local, mesmo sem a presença da responsável. Um saco de ração foi deixado com vizinhos para alimentar os animais caso a cuidadora aparecesse.

A Lei 9.605/98, conhecida como Lei de Proteção Animal, proíbe maus-tratos e crueldade contra animais. A ONG “Vira-Lata é 10” possui uma página no Instagram onde solicita apoio financeiro da comunidade, disponibilizando um número de CPF para realização de Pix. No entanto, segundo informações, os recursos arrecadados estariam sendo usados para benefício pessoal da responsável pela ONG.

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