Em entrevista exclusiva ao programa Central de Política, a secretária estadual de Educação da Bahia, Rowenna Santos Brito, anunciou que o governo pretende implantar o Programa de Educação Integral nos 417 municípios baianos. Atualmente, a iniciativa já está presente em 390 cidades.
Durante visita ao sul da Bahia, Rowena revelou que novas escolas em tempo integral serão construídas em Barro Preto, Pau Brasil, Itacaré, Ibicaraí, Floresta Azul, Itaju do Colônia e Maraú, com um investimento médio de R$ 30 milhões por unidade.
Em Itabuna, a expansão da educação integral incluirá duas escolas: o CEEP, que passa por reforma, e o Complexo Josué Brandão / Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (CIOMF), demolido para dar lugar a uma nova estrutura. A cidade também receberá uma nova escola no bairro Califórnia e a reestruturação do Colégio Estadual Valdelice Pinheiro.
“É diferente termos uma sala de aula climatizada. O aprendizado é melhor”, destacou a secretária, que reforçou que a política educacional vai além da infraestrutura.
Rowenna ressaltou a importância da formação continuada dos professores por meio do Instituto Anísio Teixeira (IAT) e a valorização com certificações que impactam no salário dos educadores. Ela também comemorou a convocação total dos aprovados no último concurso público, zerando o cadastro reserva da Educação.
A secretária destacou ainda o uso da tecnologia em sala de aula, com a entrega de tablets para alunos, a criação de uma agência de notícias voltada à educação e o incentivo ao uso pedagógico do celular:
“Temos que usar o celular como ferramenta de aprendizagem, não para o adoecimento”.
Ao ser questionada sobre o desempenho da Bahia em comparação com outros estados, Rowenna preferiu não traçar paralelos:
“Na Bahia temos 417 municípios. Minas Gerais, por exemplo, tem mais de 800. São realidades distintas. Mas pelo terceiro ano consecutivo, nosso estado cresce no IDEB. Temos um governador que é professor e prioriza a educação”.
No encerramento da entrevista, concedida ao time do Central de Política, a secretária antecipou que os próximos concursos da Educação exigirão não apenas prova escrita, mas também prova prática, com aula demonstrativa dos candidatos:
“Os novos concursados terão que dar uma aula para nós. Precisamos ver a aptidão para ensinar”
