De vitória esmagadora a fogo amigo: Carlos Matos enfrenta insatisfação e disputa interna em seu grupo em Riachão do Jacuípe

Após a vitória esmagadora nas urnas em 2024, e a virtual eliminação das forças políticas opositoras em Riachão do Jacuípe, o prefeito Carlos Matos agora enfrenta um novo desafio dentro do próprio grupo político. Além da responsabilidade de cumprir as promessas de campanha, com obras inacabadas e uma série de necessidades urgentes do município, o prefeito também lida com questões internas e apoiadores insatisfeitos com a falta de diálogo e espaço no novo governo.

No primeiro escalão, Carlos Matos precisou rapidamente integrar ao seu time vereadores derrotados nas eleições, os quais foram contemplados com cargos de secretários e subsecretários. Vale ressaltar que agora, com a aprovação de aumento salarial para esses cargos, o valor das remunerações se torna ainda mais vantajoso.

Outra disputa que promete ser difícil é a sucessão municipal, embora a eleição para 2028 ainda esteja distante. Os blocos internos já começam a se formar, e nomes como o da ex-prefeita Tânia e do empresário Val de Nena já estão sendo cogitados, o que deixa o atual vice-prefeito Felipe Salles apreensivo quanto a uma possível candidatura apoiada por Carlos Matos.

Apesar das insatisfações dentro de seu grupo, o prefeito parece não estar excessivamente preocupado. Com a maioria na Câmara, a oposição sem alternativas relevantes e a dificuldade de qualquer apoiador pular do barco com segurança nesta altura do campeonato, a tendência é que muitos prefiram “sofrer” no poder a arriscar-se fora dele.

O sentimento da população, por ora, é de um governo mediano: sem grandes polêmicas, mas também sem muita expressão ou destaque. O prefeito parece optar por uma gestão técnica, focada em aprovar as contas, resolver o básico e fechar seu ciclo sem grandes embates. Os vícios políticos, aparentemente, não serão mais alimentados como antes.

Por fim, assim é o poder: agrada a uns, desagrada a outros, e tudo segue como antes no quartel de Abrantes.