Adolfo Menezes pede a Jerônimo apuração de assassinato de ativista em Nova Soure e ameaça contra Hilton
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Menezes (PSD), anunciou nesta segunda-feira (19) que pedirá providências ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) para que seja apurado o homicídio do militante de direitos humanos e pré-candidato a prefeito de Nova Soure, Estêvão Rodrigues, na última quinta-feira (15) e também as ameaças destinas ao gabinete do deputado estadual Hilton Coelho (PSOL).
“Um membro do PSOL, e poderia ser de qualquer partido, fez uma denúncia política no município de Nova Soure e, depois dias depois, foi assassinado. É o império da impunidade, da desordem que está acontecendo nesse país que faz com que marginais se sintam à vontade – marginais não sei quais. Isso que a gente vai pedir ao governador [que apure o crime]; pelo menos esse presidente vai pedir em nome da Assembleia, pois é uma falta de vergonha, é um fim de mundo”, disse Adolfo Menezes, que também afirmou que pedirá em nome da Assembleia, apurações das ligações de ameaça feitas ao gabinete do parlamentar.
“Ligaram para o gabinete do deputado Hilton para ficar ameaçando; olhe onde nós chegamos. Estamos providenciando um documento oficial da Assembleia, assinado por mim e pelo líder Rosemberg e pelo líder Alan; e outro documento com o mesmo teor onde vamos colocar o nome de todos os deputados, pedindo providência do governador, da Secretaria da Segurança Pública e do Ministério Público e das autoridades competentes”, garantiu o presidente da Assembleia.
“Querem acuar o legislativo baiano”, disse Hilton, após a fala de Adolfo Menezes. O parlamentar do PSOL disse que Estêvão Rodrigues fazia constatações sobre ao assassinato de jovens em Nova Soure. “Estêvão vinha organizando para trazer as mães [dos jovens] que tinham sido assassinados barbaramente; em torno de 140 jovens assassinados com características de extermínio desde 2018. Uma situação gravíssima em Nova Soure e na região que o Estêvão vinha fazendo”, declarou Hilton Coelho.Davi Lemos