Prefeitura de Feira de Santana inicia processo de demolição das barracas próximas ao Feiraguay

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O novo local onde os comerciantes serão realocados fica na Praça da República, em frente ao Centro Paroquial Senhora Sant’Ana.

Os comerciantes que tinham barracas próximas ao Feiraguay, na Rua Papa João XXIII em Feira de Santana, foram surpreendidos mais uma vez na manhã desta segunda-feira (16), feriado do Dia do Comerciário.

Comerciantes
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Na última semana, eles temiam ficar sem renda após receberem uma notificação que os locais seriam demolidos e tinham apenas 48 horas para deixarem os estabelecimentos.

Sem acordo, máquinas como tratores começaram a demolir todas as barracas na manhã de hoje. Ao Acorda Cidade, o advogado Albino Brandão informou que nenhuma ordem judicial foi apresentada.

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Até então não foi mostrada para meus clientes, nenhuma ordem judicial, apenas um documento assinado pelo secretário Wilson Falcão. Hoje eu fui acordado pelos meus clientes, informando que tinham máquinas para derrubar o comércio deles, inclusive uma empresa privada já estava cortando a energia, não foi nem autorizado pela Coelba, uma empresa privada que fez esse corte”, afirmou.

Segundo o advogado, todos os comerciantes estão desesperados, pois não sabem o que irão fazer a partir de agora.

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Todos eles estão desesperados, tendo que alugar um carro de frete para carregar todos os materiais, como cadeiras, mercadorias, assim de última hora. Somente aqui são cerca de 50 empregos. A prefeitura disse que um outro local será disponibilizado para todos eles, mas dentro de um prazo de 60 dias, pois ainda está em construção. Porém, todos eles precisam voltar a trabalhar amanhã, a conta não espera”, declarou.

Segundo um dos comerciantes que já trabalhava no local há mais de 17 anos, não houve nenhuma ordem judicial.

“Todos nós fomos surpreendidos hoje aqui. Não vimos nenhuma ordem judicial, falaram até que iriam nos mostrar, mas nunca apresentaram nada. Hoje, em pleno feriado, chegaram passando por cima de tudo e o que é que nós vamos fazer? Sair da frente. Eu por exemplo, tenho quatro funcionários, trabalho com confecções, mas não sei o que vai ser agora”, lamentou.

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Almiro Sérgio dos Santos é proprietário de um dos pontos comerciais. Segundo ele, uma notificação foi entregue no ano de 2022, mas não informava que se tratava de demolição.

“Nós não tivemos nenhuma chance, não tivemos diálogo, recebemos uma notificação no ano de 2022, mas não nos deu uma informação dizendo que seria demolição como está sendo agora”, disse.

O novo local onde os comerciantes serão realocados fica na Praça da República, em frente ao Centro Paroquial Senhora Sant’Ana.

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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