Uma reunião entre o autarca, secretários e vereadores da base sacramentou a decisão
Os secretários municipais de Candeias – a maioria nativos ou residentes na cidade que hoje faz 64 anos – ficam proibidos de irem à Sessão Especial comemorativa de emancipação política.
Adversário político do presidente da Câmara municipal, Sílvio Correa (PV), o gestor – que vai gastar hoje R$ 600 mil com festas enquanto a cidade tem 6 mil desempregados e outros 5 mil na fila do Auxílio Brasil, apesar de R$ 422 milhões de receita em 2021 – em reunião na casa da Pitanga, praticamente determinou que nenhum funcionário de confiança ou nomeado deve ir à solenidade.
Tudo isso porque em outubro tem eleição que interessa diretamente ao gestor, que passa parte do tempo de horário de expediente em viagens de pré-campanha, o que deve se intensificar a partir do dia 16/8.
Os vereadores da base – que apoiam projetos e propostas do Executivo nem sempre positivos para os candeenses como o empréstimo de R$ 45,5 milhões – entreolharam-se e fizeram de conta que não entenderam o recado, pois muitos têm nomeados por indicação na Prefeitura.
Esses nomeados devem se integrar à campanha fora do horário de expediente que foi reduzido (detalhes em breve em outra reportagem).
Hoje, ao invés de entregar melhoria no hospital municipal, que mais parece uma clínica em fim de vida útil – sob inexplicável intervenção há 6 anos –, reformar mais de um terço das escolas, melhorar as instalações públicas e repor perda de mais de 15% real nos salários dos servidores – que ganham alguns dos piores das cidades da Região Metropolitana de Salvador – vai pagar a cantores – de qualidade musical duvidosa – que estarão nos palcos durante quase 12 horas.
Porém, enquanto isso, quem prometeu cuidar de gente nem está ai para pratos e mesas vazias neste dia que também é dos Pais.
